quinta-feira, 18 de junho de 2015

Aprender a dizer não

Eu cresci a ver a Cinderella, a Ariel, a Mulan e todas as outras princesas das Disney e a pensar que se fosse boa, se lutasse pelos meus sonhos e fosse realmente eu, até poderia ter momentos maus, mas os momentos bons seriam relembrados tal e qual como um "felizes para sempre".
Eu cresci a ver filmes encantados em que o bem vence o mal depois de muitas peripécias, onde a verdade vem sempre ao de cima e onde os que praticam o bem são sempre recompensados.
Eu cresci a ver os animais como parte da família, como os melhores amigos que podemos ter e como os melhores confidentes e ouvintes. 
Eu cresci mas nunca me esqueci de tudo isto e é talvez por isso que ainda hoje seja difícil para mim magoar alguém ou até mesmo não ajudar alguém.
Ser assim tem muitas vantagens, torna-nos pessoas mais positivas e mais optimistas, porque mesmo a  mais simples coisa consegue ter a sua magia. No entanto trás consigo muitos problemas.
Aqueles que nos amam pensam que a nossa bondade é pura ingenuidade, aqueles que nos procuram em troca de ajuda vêm a nossa simpatia como estupidez e pensam que não percebemos o que realmente fazem. A verdade é que não sabemos dizer não e só aprendemos quando essa pessoa nos magoa tanto que a dor se torna insuportável e o nosso coração deixa de querer o bem para aquela pessoa mas sem começar a desejar-lhe o mal.
Como li uma vez
"eu vou matar ele. (...) Vou, sim. Eu já até que comecei. Matar não quer dizer a gente pegar no revólver de Buck Jones e fazer bum! Não é isso. A gente mata no coração. Vai deixando de querer bem. E um dia a pessoa morreu."

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