quinta-feira, 25 de junho de 2015

Mil e Noventa e Cinco DIAS! - PARABÉNS A NÓS!

A primeira vez que falamos foi uns meros minutos sobre o local e as horas a que, por mera coincidência, ambos íamos nessa noite. Desde aí marcou-me pela boa disposição, mas era apenas o rapaz que conheci no autocarro.
Quando finalmente nos encontramos, mais de um mês depois dessa conversa, eu chegava de um loooongo exame e ele, como sempre bem-disposto, começou a brincar. Acho que nunca me ri tanto num autocarro e mal sabia eu o que viria a seguir. Desse dia só posso dizer que fui "praxada" por um puto já que ele é quase 3 anos mais novo e trouxe para casa um pequeno recado "vai tomar banho" acompanhado daquele sorriso malandro.
As viagens de autocarro juntos começaram a ser constantes e as boleias para casa também. A lata dele fez com que pegasse no meu telemóvel e mandasse para si próprio uma mensagem sem que eu reparasse mas não consegui ficar chateada. Algo nele me dizia para arriscar. A partir daí começamos a falar mais frequentemente.
Surge aquele convite que eu queria por tudo recusar mas fui empurrada por uma amiga e no sábado seguinte lá estávamos nós no cinema. Eu colei no filme como amante de cinema que sou e a tentar evitar que algo acontecesse ali, mas sei que durante esse escurinho ele olhou para mim muitas vezes. Pergunto-me o que terá passado pela sua mente. O beijo de despedida, aquele de que eu fugi umas 30 vezes antes e que num momento de distracção fui apanhada de surpresa. Foi inesquecível. As borboletas, as pernas bambas, o entusiasmo e tudo aquilo que é impossível de descrever mas que qualquer apaixonado percebe... 
Começamos a namorar num dia em que, tal como acontecera antes, tinha exame. Como não podia deixar de ser, tudo aconteceu num autocarro.
A separação aconteceu pouco depois mas nunca estivemos afastados. Praticamente todos os dias, naquele autocarro das 18:05h, acabávamos por nos juntar, haviam beijos roubados, olhos infelizes e muuuuita teimosia. Aos poucos mostrou-me que me dar a alguém não é me perder mas sim permitir que alguém cuide de mim, me ame e me faça ainda mais feliz.
No meio de tudo o que já vivemos, passaram-se quase 3 anos e eu relembro todos os dias os jogos de cartas, a separação que me fez crescer e perceber o quanto ele me faz feliz, todas as idas ao parque, todos os momentos em que ele me acalmava e me dava todo o apoio, todos os risos que demos juntos e até mesmo os maus momentos em que ele suportou a minha dor e chorou comigo a perda daqueles que mais amava, que passaram também a fazer parte da sua família.
Relembro cada momento em que o "meu" passou a ser o "nosso", desde os mais felizes aos mais tristes. Ele esteve sempre comigo e continua a estar, da mesma maneira que estarei sempre aqui por ele e com ele, por isso mesmo, só tenho a dizer

Não é perfeito, mas é o melhor que conheço! ♥

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