sexta-feira, 21 de setembro de 2012

O meu mundo de gigantes

Sinto-me pequena e frágil. Como se tudo me pudesse magoar. Como se vivesse num mundo de gigantes que só conhecem a dor e a tristeza. Um mundo em que todos os dias me sinto como se estivesse numa gruta gelada, cheia de estalactites e estalagmites. Uma gruta onde sou atacada e elas vêem direitas ao meu coração. Derretem com o calor da paixão que possuo e ali permanecem. Liquidas, fluídas, a espalharem-se pelo meu corpo através do meu sangue, a preencherem todo o amor e felicidade que costumava sentir, e preencherem de tristeza e dor gélida. 
E eu, pequenina, como uma pequena semente que quer crescer e tornar-se numa bela rosa, que encanta com a sua beleza e o seu cheiro, mas magoa com os seus espinhos aqueles que dela não souberem tratar, eu, no meio de um mundo que sinto não ser o meu, vivo assim... a perder a paixão e a perceber a dor rodeada de gente que me olha mas não me vê. Rodeada de gente que me vê sorrir, mas que se me visse por dentro, choraria comigo...

sábado, 15 de setembro de 2012

Somos um livro aberto...

Somos como um livro aberto para quem nos conhece, sabem ler as entrelinhas enquanto nós, não conseguimos ler o que está em nós. Não temos a capacidade de auto-análise necessária. 
O que significa isso? Aqui vai a explicação:
E quando o que precisamos não corresponde ao que queremos? E quando não sabemos o que fazer nem o que pensar e quem está de fora nos lê como se fossemos um livro aberto? E quando todos percebem aquilo que nós próprios não conseguimos ver nem com uma lupa, quando não conseguimos ver o óbvio, aquilo que está diante dos nossos olhos? É horrível... e é natural ao mesmo tempo. Percebemos os outros pela forma como agem: pelo rubor que cresce quando falam da paixão, pelo mudar de assunto quando estão desconfortáveis, pelo tremer quando estam nervosos. Mesmo tentando disfarçar há coisas que são fortes demais e incontroláveis, coisas involuntárias e das quais não nos apercebemos.
É engraçado como achamos que só nós é que sabemos de nós próprios, do que sentimos e das nossas escolhas, mas como os outros que nos conhecem são capazes de ler as entrelinhas que nós não conseguimos pois o espelho só nos mostra o nosso exterior e não o interior. Não somos capazes de analisar aquilo que não vemos e por isso, muitas vezes, recusamo-nos a admitir algo que os outros sabem ser verdade.
Depois, temos também as alturas em que não vemos o que se passa porque é algo que se relaciona connosco de forma muito forte, que mexe com o nosso intimo. Quem é que nunca ouviu um "Ele gosta de ti!" e não acreditou? Quem é que nunca disse "ele não olha para mim dessa forma, somos só amigos" e foi contrariado por amigos e amigas? Pois é, temos tendência a não ver o que esta á nossa frente, preto no branco. Temos tendência a tornar a nossa auto-estima muito baixa e a achar que nada de bom pode acontecer.
Pois, e é nestas alturas em que entram os amigos em acção. "Eu acho que é isto assim e assim" e o "Oh vá lá! Vê-se na tua cara! Toda a gente percebe isso menos tu!" são aquelas que nos deixam a pensar...
E foi assim, descobri a verdade! Têm razão quando dizem que te amo. Descobri isso hoje. Ou melhor, aceitei para mim mesma isso hoje. Não queria, mas é verdade... Eu amo-te. E é egoísta da minha parte fazer-te sofrer sem o saberes, quando tu fazes de tudo para que eu saiba que me amas. Mas sou complicada, complicada demais... :s E tu mereces alguém que seja simples, alguém que te diga com todas as letras o quanto precisa de ti para ser feliz, alguém que sinta um aperto no peito por estar longe de ti. Alguém que vá a correr para o teu abraço em busca de protecção, que procure o teu beijo em busca do sentimento de plenitude de um amor correspondido. Alguém que pense em ti, que viva para te fazer feliz e que fique feliz por isso.
Mas eu, eu sei que te amo. No entanto, não consigo abdicar do "eu" para construir contigo um "nós"...