segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

As minhas pequeninas! *.* e daddy...

Hoje decidi contar uma história da minha vida. Uma história que poucos sabem...
Mas antes disso, não são fofas? São as minhas mais que tudo e seria capaz de tudo por elas. São as minhas mal comportadas mas acima de tudo, as minhas maiores companheiras.
Apresento-vos a Luka (em cima) e a Nici (à direita)
Ora bem, aqui vai a história.

Em pequenina era a menina do papá. Ainda sou um bocado, mas tornei-me "rebelde" digamos assim, deixei de fazer tudo o que o papá queria e isso fez com que o nosso laço se desfizesse um pouco. Costumo dizer que a principal razão de já não sermos tão próximos é o facto de ter crescido. Quando crescemos deixamos a inocência de lado, apercebemos-nos de muitas coisas que nunca tínhamos reparado e deixamos para trás a imagem de que vivemos num mundo de fadas perfeito e passamos a ver que existem guerras e pessoas a morrer à fome. Existem pessoas que fingem ser boas, existem pais que batem nos filhos, outros que os violam. Existem pessoas que matam outras por um anel de ouro ou um par de brincos, alguns matam por vingança, outros sem motivo aparente matam centenas de pessoas. Mas em crianças o mundo é perfeito. As únicas coisas que faltam são talvez unicórnios, não haver escola nem trabalho - NUNCA - e termos todos os brinquedos. 

E quando a minha inocência acabou custou-me a acreditar que a menina do papá não queria nada, mesmo nada, ser menina daquele papá. 
Estava a cuidar do negocio dos meus pais e não sabia um preço por isso fui perguntar ao meu pai. Quando cheguei à sala a discussão já ia a meio. Escondida num cantinho esperei que acabassem de falar e depois perguntei o que queria saber. Como de costume no final, dou sempre a minha deixa de menina "rebelde" que vai contra os gostos do papá: "é tua mulher e minha mãe! Merece que lhe fales direito e sem ser aos berros numa discussão"
A resposta dele? Essa chocou-me e magoou-me. Não a esperava do meu maior inimigo, quanto mais do meu pai: "cala-te e sai daqui cadela"
É daquelas coisas que me marcaram para sempre e que magoam mais que uma estalada e, apesar de agir como se nada fosse,  continua a doer...
Chegou a uma altura da minha vida em que decidi deixar de falar com o meu pai. Sabem o que aconteceu? Fiquei mais de uma semana sem lhe falar e ele nunca se apercebeu disso. Isso mostra o quanto eu e o meu pai dialogamos.

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