terça-feira, 26 de março de 2013

São só memórias...

Verão de 2011.
Estava aborrecida no café. Fazer de empregada de balcão em pleno pico de calor, enquanto poderia usufruir de uma piscina, um banho de sol e uma bebida fresca, era é o meu maior pesadelo!
Ele entrou com os amigos. Um grupo de rapazes que nada de especial tinham, não me despertaram qualquer interesse mas como sempre, servi-os com um sorriso. Era o meu sorriso cínico, aquele que fazia por obrigação, porque "o cliente deve ser atendido com simpatia" como dizia o meu pai.
Depois de alguma horas a jogar snooker foram-se embora, mas ele ficou para o fim. Ficaram todos lá fora e ele pediu-me um papel e uma caneta para apontar uma coisa. No final, põe a caneta no sitio e sai. Eu nem levantei os olhos, estava a escrever alguma coisa e sei que estava entretida. Só quando fui arrumar as garrafas deles é que reparei que o papel que ele tinha escrito continuava ali, em cima do balcão.
"91******* Liga-me qd quiseres"
O tempo passou e ele continua a aparecer cá com a namorada. Continua com aquelas bocas foleiras e coisas do género... O que mais me mete pena é a rapariga que está com um traste e parece que não vê a verdade mesmo à frente dos olhos. Ele atira-se a qualquer uma, mesmo em frente aos olhos dela e ela nem se pronuncia...
A pior (ou melhor) delas todas foi quando uma rapariga chega ao café num sábado à noite. Estava de vestido e todos ficaram colados nela. Ela era bonita, muito bonita mesmo. Ele atira uma nota de 20 euros com o intuito de ela a apanhar, mas a rapariga olha para a nota, tira a chicla, calca-a e depois calca a nota. Esta fica colada à sola do sapato com a chicla e ela só teve de levantar o pé para trás, apanhar a nota e seguir o seu caminho.
Ri-me tanto com o que ela fez e ele, para além de não ter o que queria, ainda ficou sem a sua nota...
Ela sim, soube ser uma Lady e agiu da melhor forma.


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