sexta-feira, 12 de abril de 2013

Shiuu! É um segredo...

- Joanne! Jou? Onde andas?
- Shiuu mamã, é um segredo...
- Mas Jou, que fazes debaixo da mesa? Onde foste buscar esse relógio de bolso?
- Foi o avô que mo deu, mas tem uma história que é segredo!
A Sam agacha-se e senta-se também ela debaixo da mesa, com Joanne no colo.
- Conta-ma. - diz a mãe muito curiosa.
- Sabes mamã, este era o relógio de um canguru. Ele usava-o na sua bolsa e passou dias a olhar para o seu relógio.
- Dias? Mas isso é muito tempo..! Porquê?
- Porque é um relógio mágico. Se vires as horas iguais podes pedir um desejo! O canguru queria voar. Mas nunca conseguiu... - diz Jou muito triste com o falhanço do seu novo amigo. 
Nesse momento toca o relógio com uma bela música suave, eram 12:12 e toda a cozinha se enchia com o cheiro do delicioso do almoço preparado pela mãe.
- Que relógio estranho, toca ao meio-dia e doze! E então, pediste o teu desejo?
- Sim mamã, toca nas horas iguais. Mas não to posso contar senão não se realiza.
E assim, com um sorriso malandro, e unidas pela inocência de criança e pela felicidade a ela subjacente, sairam ambas debaixo da mesa. O dia passou calmamente e à noitinha, quando já estava na cama e aconcehgada, a mãe entra no quarto da Joanne e diz-lhe ter uma surpresa.
Entra então o papá que a acolhe nos braços e a aperta como se tivesse medo de a deixar cair. 
- Papá! Papá!
- Jou! Que saudades, como estás crescida! Passou-se uma semana e já estás enorme!
- Obrigada, tenho comido a sopa toda sabes? Fico tão feliz por teres voltado, o teu trabalho não te vai tirar mais de mim pois não?
- Claro que não, eu estarei sempre aqui, contigo! - aponta para o seu coração e dá-lhe um beijo no nariz. - E agora para a cama que já está na hora!
 A Jou meteu-se novamente nos seus lençois, pronta para partir para o mundo dos sonhos e adormeceu agarrada ao seu relógio, a sorrir e sonhar com o céu estrelado e um canguru a voar por entre as estrelas.
Afinal, o desejo de ambos tinha sido realizado.

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