Rebentou o escândalo. O presidente do Instituto Português do Sangue e da Transplantação afirmou que é um factor de exclusão para a dádiva de sangue ser um homem gay. Porquê? Porque os homens gay fazem sexo anal ao desbarato. Mas é que é uma javardeira que não se aguenta! Vão na rua, vêem outro homem aleatório e, se sentirem aquele cheirinho a homossexualidade, não perdoam! É logo ali. Sexo anal sem preservativo, sem lubrificante, sem uma pinga de amor, sem uma conchinha no fim. É que os gays são mesmo assim.
Mas, atenção! O mesmo presidente diz que não é uma questão de preconceito, não tem nada a ver com serem gays. O problema aqui é eles comerem outros homens. Lá está, tanta polémica e estava tudo só a ser maricas com o assunto, não é? Os homossexuais podem perfeitamente ter sexo com mulheres, prédios ou árvores. Com outros homens é que fica mais chato para depois dar sangue. Mas não tem nada a ver com preconceito. Nada. Zero. Ausência de tudo.
Então e os heterossexuais que fazem sexo anal com mulheres? Isso já pode ser. Mesmo que seja um heterossexual profissional do rebentamento de bilhas (expressão científico-técnica) e que nunca usa preservativo? Sim, pode ser. E se for a menina da Kookai? Também pode ser, porque, se for mulher, ter muita experiência não é automaticamente um factor de risco.
Portanto, no questionário de despiste aquando da dádiva de sangue, não se pergunta directamente se se é um homem gay (segundo o mesmo presidente), apenas se se é um homem que teve contacto com pilas alheias recentemente. Sugiro que perguntem também:
- Gosta de musicais do La Féria?
- Consegue combinar vários padrões em tons de bordeaux?
- Chorou a ver o Frozen?
- Ainda pensa todos os dias no Carlos Castro?
- Passa uma mulher que é um canhão descontrolado e você só liga à mala Michael Kors que ela traz?
- Ouve falar na polémica do Uber e o que lhe vem logo à cabeça é lUberficante anal para homens? (tão forte, esta).
Basta responder “sim” a umas destas questões que rebenta logo a escala que vai de 0 (pode dar sangue) a Super Rabeta (Ai, filha! Nem penses que dás sangue a alguém!). E assim, evita-se logo que os gays tentem dar sangue, que aquilo ainda se propaga.
Mas não é preconceito. É capaz de ser só estupidez, mesmo.
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