sábado, 16 de janeiro de 2021

Love is (really) on the little things


    Sempre fui romântica, daquelas mesmo incuráveis. E se vos disser que foi esse romantismo que me "levou" a ele é a parte mais engraçada. Pois bem, passo a explicar. Estava a ler um livro em que a rapariga está de castigo no quarto e por isso já não pode ir ter com o seu crush. Mas o crush aparece na rua dela e conseguem falar através de uma caixa telefónica no inicio da rua dela, bastando ela escrever no vidro embaciado do quarto dela o seu número. Num ato de loucura pensei fazer o mesmo mas tendo em conta que estava num autocarro achei melhor guardar isso para mim e escrevi apenas o meu nome. Mas a verdade é que vivemos na era das redes sociais, e tendo eu um nome raro, foi facil ele encontrar " a Rapariga do Autocarro" no facebook. O resto é história... 
Mas não é por isso que vos escrevo. Ao fim de mais de 8 anos e meio de namoro e quase 4 anos a morar juntos, por vezes pergunto-me se é amor ou comodismo (é das coisas que mais medo tenho, de cair na rotina e passar a ser "apenas" alguém que sabes que vai estar ali) mas há sempre algo que me leva as inseguranças.
    Talvez o facto de se levantar às 7h30 para tomarmos o pequeno almoço juntos, mesmo com este frio descomunal e podendo ficar na cama até mais tarde. Talvez tenha sido daquela vez que acordamos tarde e ele, mesmo tendo formação online, me preparou um café com leite para levar e beber a caminho do trabalho. Ou talvez seja apenas o facto de todas as noites deixar que eu encoste os pés gelados nos dele e dizer sempre que não se importa. É talvez, talvez seja tudo junto, mas de certeza que é ele ♡

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