Eu gostava de não ser comparada com ela.
Gostava de ouvir de vez em quando o que ela ouve com frequencia.
Gostava de olhar para o espelho e sorrir ao ver o que ela vê.
Eu gostava de ser capaz do que ela é e, admito, de ter o que ela tem.
Não são ciumes, nem ganância. Nada disto é pouco saudável a não ser nos meus momentos de fraqueza.
Mas gostava mesmo de que olhassem para mim e sentissem o orgulho que sentem quando falam dela.
Gostava de ter feito outras escolhas na vida, escolhas que ela até foi capaz de fazer.
Ás vezes gostava de ter nascido com uma personalidade mais parecida com a dela.
Mas depois lembro-me.
O que eu gostava mesmo era que ela sentisse o que é ter uma mãe guerreira como a minha, o que é ter um irmão que não é mimado e que, apesar de querer mostrar tem um coração de pedra, daria qualquer coisa para me fazer feliz.
O que eu gostava mesmo é que ela sentisse que mesmo com o futuro totalmente virado do avesso, quando se ama dá-se um jeito e no final o amor ganha. - Por muito lamechas que possa parecer é assim, tem sido assim...
O que eu gostava realmente é que o mundo percebesse que a felicidade está acima de qualquer profissão, de qualquer "quanto pesas?", de qualquer tipo de personalidade que uma pessoa pode ter. Ser feliz vem sempre acompanhado de amor, independentemente da forma que este possa tomar.
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